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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OLEGÁRIO ALFREDO
( BRASIL – MINAS GERAIS )

 

Olegário Alfredo ou Mestre Gaio, como é conhecido, é poeta, cordelista, mestre de capoeira. Nasceu em Teófilo Otoni, Minas Gerais.

É Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) e da Academia de Letras de Teófilo Otoni (Alto). Já publicou muitos cordéis – dentre eles, Cordel em louvor a Carlos Drummond de Andrade, Mestre Suassuna, elogio ao mineiro, A intriga do galo com a raposa.
Quanto aos livros, podemos citar os títulos Bichos da África em cordel, Folclore em cordel, Capoeira em cordel, Dom Quixote em cordel, Vou me embora, vou agora, vou pro jogo de Angola, Roupinhas no varal, A moleza da lesma, O pente penteia, De cavacos e picumãs. Mestre Gaio participa de Mostras de Cordel, ministra oficina de cordel e xilogravura, e já coordenou editorialmente seleções de originais (gênero cordel).
Foi homenageado no I° Encontro do Cordel Mineiro (2019 – Sesc Paladium, Belo Horizonte). O poeta também transformou a paixão em (bom) motivo para divulgar as obras inspiradas em histórias bem mineiras: a Cordelteca é um espaço cultural em funcionamento na cidade de Sabará (MG). “Considero a literatura de cordel um gênero literário de ampla penetração na sociedade […]. A manifestação mais usual do cordel é que ele pode ser considerado como parte do folclore ou como ferramenta para estudos, diversão e inclusão social. […] Tenho o costume de ler cordel desde a pré-adolescência, quando morava em Teófilo Otoni. O que mais me influenciou foi a força que essa vertente literária tem de ocupar espaços sociais.” (Mestre Gaio). Para saber mais sobre o autor, consulte: http://olegarioalfredo.com.br/cordeis.php

Títulos: Um cisco no olho de São Francisco; A moleza da lesma; Roupinhas no varal; O pente que penteia;
O pequeno príncipe em Cordel.

Fonte: mazzaedicoes.com.br

 

ANTOLOGIA MENINOS Emergentes ME.   Capa: Guido Boletti.  Belo Horizonte: 2009.     64 p.      autografado.
Ex. biblioteca de Antonio Miranda

 

Cantiga de três rios

Um dia sem rio feminino
Disse para um rio masculino:
—Quero que minhas águas claras,
Claras e quentes
Banhem em suas águas correntes
E nesta festa de espuma
Seguiremos um só caminho
Até que venha um rio criança
Lançar suas água infantis
No nosso rio adulto
E de mãos dadas
Vamos os três pelo mundo
Ora brincando, ora cantando
Ora rolando sobre infinitas pedrinhas
E dando de beber e de lavar
A tudo aquilo
Que encontrarmos pelo caminho.
Até que um dia, na grande chuva,
Onde não se enxerga o lado de lá
Desdaremos levemente as mãos
E banharemos definitivamente
No imenso rio sem afluente.



O minuto extático

Quando eu pensava em ti
Teu corpo era rijo.
Certas coisas brilhavam:
Dentes, unhas, cabelos.
Teu seio frema à luz do sol.
Todas as flores murchavam de ciúmes pelo teu perfume.
Todas as coisas tremiam inclusive eu.
Agora passado um século
Te vejo desnuda,
Cem mão descobriram cobiças e colocaram cheiros
E formas múltiplas no teu corpo,
—corpo usado sem mácula
Dizem que teu filho não viu a luz do sol.
Contudo, minha mão é a mesma mão ingênua
Que percorrerá sobre teu corpo
Apagando as cobiças
E quando acordares do minuto extático
Um anjo anunciará com trombeta e clarim
A tua virgindade.

 

       *
       VEJA E LEIA outros poetas de MINAS GERAIS  em nosso Portal:
  http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html
Página publicada em maio de 2024.






 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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